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setembro 26, 2022

3 tipos de irrigação utilizados na agricultura

De: Equipe Agronômica

Você conhece as vantagens e as desvantagens dos principais tipos de irrigação utilizados na agricultura? Leia este artigo e saiba mais sobre eles!


Tipos de Irrigação Utilizados na Agricultura
Tipos de Irrigação Utilizados na Agricultura

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A irrigação é uma técnica utilizada para atender às necessidades hídricas de uma área de cultivo. Ela pode ser útil em locais com baixa disponibilidade de água ou, ainda, que sofram com a ocorrência irregular de chuvas. 

Esse sistema também pode ser combinado a técnicas de fertilização, chamadas de fertirrigação. Confira este texto para saber mais sobre alguns tipos de irrigação utilizados na agricultura.

 

Quais são os principais tipos de irrigação utilizados na agricultura?

Investir no sistema de irrigação mais adequado a uma lavoura pode aumentar a produtividade e permitir a produção de mais safras por ano. No entanto, para diminuir as perdas de plantio, é preciso analisar a eficiência de cada modelo. Confira alguns deles a seguir:

1. Sistema de irrigação por superfície

Bastante comum na cultura de cereais, este tipo de irrigação consiste na criação de canais para a circulação da água. Por utilizar a ação da gravidade, o canal mestre é posicionado acima dos demais, permitindo a movimentação do líquido.

Este sistema apresenta vantagens como:

  • menor custo de implantação, manutenção e energia;
  • uso de equipamentos simples;
  • não sofre efeito dos ventos;
  • o reflexo da luz na água pode aumentar a fotossíntese;
  • facilitação da fixação do nitrogênio atmosférico.

Entre suas desvantagens, podemos citar:

  • prejuízos como diminuição da absorção de oxigênio pelas raízes devido à água parada;
  • dependência da declividade do solo;
  • perda de água por percolação, ou movimento da água rumo a regiões mais profundas do solo;
  • erosão dos sulcos;
  • baixa eficiência no uso de fertilizantes.

 

2. Sistema de irrigação localizada

Com aplicação direta na área ocupada pelas raízes das plantas, a irrigação localizada forma uma faixa úmida ou um círculo molhado, sendo bastante utilizada na produção de frutíferas. Por disponibilizar a água de forma localizada e controlada, oferece maior eficiência com uso racional dos recursos hídricos.

A irrigação localizada pode ser empregada por meio das técnicas de gotejamento e microaspersão. A primeira utiliza o despejo gradual de gotas no solo e a segunda faz uso de microaspersores autocompensados ou regulares, e ambas requerem o uso de  filtros de disco ou tela.

Este sistema apresenta vantagens como:

  • maior controle da quantidade de água fornecida às plantas;
  • menor incidência de pragas, doenças;
  • uso de sistemas automatizados ou semi-automatizados, 
  • aplicação uniforme da água;
  • menor custo de mão-de-obra e energia;
  • redução de perdas por evaporação;
  • maior eficiência quando combinada a técnicas de fertirrigação;
  • adaptação a diferentes tipos de solo;
  • não sofre efeito dos ventos ou declives.

Entre suas desvantagens, podemos citar:

  • a grande quantidade de tubulações necessárias aumentam o custo inicial;
  • os orifícios de saída de água podem sofrer entupimentos;
  • A constante disponibilidade de água pode levar à redução da profundidade das raízes, deixando a planta menos fixada ao solo;
  • a manutenção constante é necessária para garantir a uniformidade do sistema.

 

3. Sistema de irrigação por aspersão

Este tipo de irrigação promove uma “chuva artificial” por meio da utilização de um aspersor  que fraciona a água em pequenas gotículas que caem sobre o solo e as plantas. É categorizada em sistemas de aspersão convencional, com pivô-central ou autopropelidos.

O modelo convencional requer a instalação de tubos em toda a área, enquanto o pivô-central utiliza uma linha lateral suspensa por torres de sustentação com rodas e motores. Os autopropelidos funcionam a partir de energia hidráulica, por meio da própria água bombeada.

Este sistema apresenta vantagens como:

  • baixo custo relacionado à mão-de-obra;
  • alta eficiência de aplicação;
  • pode ser combinado à fertirrigação;
  • controle da lâmina de irrigação.

Entre suas desvantagens, podemos citar:

  • as folhagens úmidas facilitam o desenvolvimento de doenças;
  • custos iniciais elevados, assim como os relacionados à energia e manutenção;
  • sofre efeito dos ventos e declives;
  • o escoamento de água pode danificar o solo.

 

É possível combinar a irrigação com a fertilização? Conheça a fertirrigação

A fertirrigação é uma prática que combina a irrigação com a fertilização ao aplicar adubos e fertilizantes junto à água dispersada. Ela traz resultados como economia na mão de obra e otimização do trabalho do produtor, além de outros benefícios como:

  • aumento da produtividade quando comparada à adubação sólida convencional ou com áreas apenas adubadas e não irrigadas;
  • otimização hídrica, contribuindo para a economia de recursos naturais;
  • redução do uso de tratores, o que ajuda a evitar a compactação do solo e diminuir o uso de diesel;
  • maior parcelamento da adubação, que ocorre de maneira ajustada às necessidades de cada cultura;
  • redução de perdas e desperdícios;
  • aumento da eficiência de uso dos nutrientes.

No entanto, para um bom manejo de fertirrigação, os fertilizantes devem ser utilizados respeitando o tempo de avanço do sistema, para que todas as mangueiras possuam pressão de água e possam distribuir água e fertilizante de maneira uniforme em toda a área.

Para conhecer outros benefícios da combinação entre a irrigação e a fertilização, saiba mais sobre a relação entre a fertirrigação e a sustentabilidade. Aproveite os benefícios dessa técnica capaz de aumentar o sucesso das plantações.