Sucessão familiar: uma estratégia de sucesso para o futuro do agronegócio
Com inovação, gestão financeira e planejamento estratégico é possível tornar o processo de transição do comando das propriedades rurais mais eficaz, focando em produtividade, sustentabilidade e lucratividade, garantindo um futuro próspero para as novas gerações. Saiba como alcançar sucesso nessa empreitada.
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A sucessão familiar sempre esteve presente na história da agricultura brasileira. São muitos os casos de lavouras que passam de pai para filho, perpetuando o saber e o dom de produzir alimentos. À medida em que as propriedades rurais se profissionalizam e o agro ganha em força e lucratividade, o desejo de agregar o saber de diferentes gerações a favor do sucesso no agronegócio se fortalece. Mas nem sempre a tarefa de unir a família no cultivo da terra é simples, o que pode acabar gerando desgaste, dificuldades operacionais e até mesmo perdas financeiras. Por isso, para planejar e executar uma sucessão familiar capaz de aliar tecnologia e tradição na lavoura é preciso conhecimento e objetivos claros. Entenda como é possível realizar uma sucessão familiar bem sucedida nas propriedades rurais, garantindo a prosperidade do agricultor.
Segundo dados do IBGE, aproximadamente 77% dos estabelecimentos do setor são classificados como agricultura familiar. Essas propriedades respondem por mais de 50% da produção de cultivos como feijão, mandioca e HFFs em geral. Desse modo, elas possuem um papel decisivo não apenas no sucesso do agronegócio nacional, como na segurança alimentar da população. Sendo assim, falar sobre sucessão familiar dessas propriedades é também um modo de apoiar a produção agrícola e profissionalizar ainda mais o setor.
A grande questão por trás da sucessão familiar no agronegócio está, justamente, no interesse das novas gerações em gerenciar a lavoura. Há cerca de 20 anos, o cenário da agricultura brasileira viu muitas propriedades rurais passando de pais para filhos. Muitos dos produtores rurais que iniciaram sua jornada nos anos 60 foram, aos poucos, preparando os filhos para assumir o negócio. Deu certo, tanto é que atualmente grande parte das propriedades rurais são gerenciadas pela segunda ou terceira geração da mesma família, na faixa dos 40 anos. A questão agora é como manter os netos ou bisnetos envolvidos e interessados com o negócio, de forma a manter lucro e produtividade? É aí que entra a sucessão familiar.
Apesar de ser um dos grandes motores da economia, por muito tempo o agro deixou em segundo plano a importância de um planejamento de sucessão familiar. Isso fez com que muitas propriedades que eram extremamente produtivas enfrentassem sérios problemas operacionais, acabando por ser vendidas ou mudando de ramo de atuação. Isso acontece pois sucessão é mais do que apenas transferir legalmente uma propriedade para os filhos, seguindo as leis brasileiras de hereditariedade.
A sucessão familiar no agronegócio transcende a mera transferência de propriedade e responsabilidades. À medida que as fazendas se tornam empresas formais, a sucessão familiar é cada vez mais percebida como uma transição estratégica de poder e liderança. Envolve não apenas a transferência de ativos, mas também a transmissão de conhecimento, valores e cultura empresarial.
O processo de sucessão familiar no agronegócio enfrenta uma série de desafios, incluindo a falta de interesse da próxima geração em assumir o negócio, rivalidades familiares, resistência do sucedido e choque de culturas entre as gerações. No entanto, também oferece oportunidades para a renovação, inovação e crescimento sustentável.
O diálogo aberto e a comunicação eficaz são fundamentais para mitigar conflitos e garantir uma transição suave de liderança. As gerações precisam estar abertas a ouvir o que cada uma tem a contribuir, sem preconceitos e sempre buscando a validação técnica pelos números. Nesse sentido, é importante destacar o papel das mulheres, que ganham cada vez mais espaço no agro, sendo hoje as pessoas no comando de mais de 50% das propriedades rurais brasileiras, segundo a Embrapa.
Por terem um perfil mais conciliador e analítico, elas atuam muitas vezes ao lado dos maridos e filhos como peça central na união dessas gerações a favor do sucesso das lavouras. Assim, é possível envolver avós, filhos e netos de forma harmoniosa e em pé de igualdade, para que cada um entregue o melhor de si, para um negócio próspero e rentável.
Tradição e inovação lado a lado
Um processo de sucessão familiar envolve aliar a tradição, englobando o “jeito de fazer as coisas”, com novas tecnologias e práticas agrícolas capazes de tornar o negócio mais competitivo. Para isso, é necessário estudar os processos produtivos, aliar conhecimento técnico e buscar o apoio necessário em soluções agrícolas capazes de melhorar a performance dos cultivos.
Aquilo que, muitas vezes, leva ao desinteresse dos jovens é a dificuldade em terem suas ideias reconhecidas. Ao mesmo tempo em que existe uma resistência dos mais velhos em experimentar novos processos e ferramentas digitais ou, até mesmo, em buscar conhecimento qualificado para melhorar a produtividade.
A inovação desempenha um papel cada vez mais importante no agronegócio, oferecendo oportunidades para aumentar a eficiência operacional, melhorar a qualidade dos produtos e reduzir os impactos ambientais. No entanto, muitas empresas familiares ainda estão relutantes em adotar novas tecnologias e práticas de gestão.
Nesse sentido, a Yara possui um amplo portfólio de soluções agrícolas capazes de apoiar os agricultores em diversos cultivos. Além de uma linha completa de fertilizantes de alta eficiência produzidos com menor pegada de carbono, a companhia ainda oferece suporte técnico por meio de time de campo e ferramentas digitais, como o Sistema de Recomendação de Nutrição de Plantas, o AtFarm e o TankMix, que melhoram a eficiência operacional do negócio, resultando em economia de recursos e melhores resultados dos cultivos. A companhia ainda disponibiliza seus mais de 100 anos de pesquisa científica em nutrição de plantas, por meio de seus revendedores, canais digitais e time de campo para oferecer conhecimento técnico altamente especializado para apoiar o agricultor nas rotinas da lavoura, oferecendo um manejo mais sustentável e eficiente na produção de alimentos. Isso sem contar o programa de relacionamento Boa Colheita Produtores, que garante benefícios e benefícios exclusivos aos seus afiliados.
Outros pontos cruciais a serem considerados durante uma sucessão familiar incluem a gestão financeira adequada, assim como a sustentabilidade ambiental e social. É importante garantir a viabilidade econômica do negócio a longo prazo, identificando oportunidades de investimento, gerenciando custos e otimizando a rentabilidade, sempre de olho nos números e no mercado, utilizando tecnologias capazes de apoiar esses processos administrativos. Ao mesmo tempo, o agronegócio enfrenta desafios significativos relacionados à mudança climática, escassez de recursos naturais e demandas sociais. Portanto, é essencial adotar práticas sustentáveis que garantam a preservação do meio ambiente e o bem-estar das comunidades rurais e do planeta.
Busque ajuda qualificada
Uma propriedade rural é uma empresa e deve ser encarada como tal. Para garantir uma sucessão familiar bem-sucedida no agronegócio, é necessário um planejamento cuidadoso e estratégico. Isso inclui a definição de metas e marcadores importantes para lucratividade, a identificação precoce de potenciais sucessores, a definição clara de papeis dentro do negócio e suas responsabilidades, o treinamento adequado dos sucessores e a elaboração de acordos formais de transição.
É vital que cada membro da família saiba aquilo que se espera dele, o que ele precisa fazer e quais as tarefas dos demais envolvidos, incluindo um profundo conhecimento de cada etapa do negócio. Desse modo, investir em qualificação profissional pode ser importante, como cursos ou formação técnica adequada em áreas como administração, negócios, agronomia, logística e gestão ambiental podem ajudar.
O envolvimento de consultores e mentores especializados pode ser valioso para orientar o processo de sucessão e resolver potenciais conflitos, já que estas pessoas têm um olhar imparcial da situação e podem avaliar o processo de outro ângulo. Além disso, é importante reconhecer e valorizar as contribuições de todas as partes interessadas, incluindo funcionários e membros mais experientes da família.
Vale lembrar que, muitas vezes, mudar é essencial para se adaptar ao mercado. Por isso, é importante olhar todas as variáveis e incorporar a inovação no processo de planejamento e execução. Isso pode incluir a adoção de novas variedades de culturas, técnicas de manejo sustentável, agricultura de precisão, agricultura regenerativa, ferramentas digitais e sistemas de gestão avançados.
A sucessão familiar no agronegócio é um processo complexo que requer uma abordagem holística e colaborativa. Ao integrar a gestão financeira, sustentabilidade e inovação, as famílias agrícolas podem garantir uma transição suave e sustentável de liderança, preservando assim o legado e o sucesso da lavoura para que as futuras gerações continuem a nutrir a paixão por cultivar um futuro alimentar positivo para a natureza.