Requisitos do mercado de algodão
Os principais produtos do algodão são a fibra, as sementes, a torta, a casca e o farelo.
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Fibra do algodão
A maior parte da fibra do algodão é consumida pela indústria têxtil. Cinquenta por cento da fibra têxtil mundial é de algodão. Existem diversas qualidades de algodão, dependendo das espécies cultivadas que são classificadas de acordo com o comprimento da fibra.
- Fibra longa
O comprimento da fibra dessa espécie de algodão varia entre 25 e 65 mm. A maior parte é cultivada no Egito, Sudão, Haiti, Peru e EUA. Conhecido como algodão Egípcio, Pima ou Sea Island (G. barbadense).
- Fibra média
Esta é a variedade mais cultivada de algodão (G. hirsutum), também conhecida como algodão herbáceo O comprimento da fibra varia de 15 a 35 mm. É cultivado principalmente na China, Índia, Brasil, Argentina, EUA etc. Noventa por cento do algodão global é desse tipo.
- Fibra curta
O comprimento da fibra varia de 8 a 25 mm. É considerado um algodão de baixa qualidade e é cultivado principalmente na China e na Índia.
As especificações da fibra dependem sobretudo da variedade cultivada, das condições agroclimáticas e das práticas de manejo da cultura. Este último aspecto irá determinar se as plantas atendem ao seu potencial varietal.
Ao classificar o algodão, as fibras podem ser divididas em seis categorias com base em relações de concorrência identificadas entre os algodões de diferentes qualidades, variedades e origens geográficas. Esta classificação é quase paralela a categorias de comprimento da fibra, mas incorpora mais do que apenas as informações de comprimento da fibra. Isso se deve ao fato de que dois tipos de algodão de comprimento igual podem ter, na verdade, características de fiação diferentes.
- As fibras de algodão médias extrafinas, finas e resistentes são normalmente utilizadas em fiação a anel para fio penteado.
- A fibra de algodão média é utilizada em fiação a anel para fio cardado
- A fibra grossa (coarse count) é utilizada para produzir fio “open end”
- As fibras residuais/para enchimento (waste/padding) são o produto mais inferior
O algodão é uma commodity e é vendida de acordo com o tipo. Quando outros fatores são iguais, o segmento de fiação pagará um preço maior pelo algodão que apresenta um fio mais resistente, mais fino e mais longo e que esteja completamente maduro, branco e brilhante. Em âmbito mundial, a participação de mercado das categorias médias e superiores está aumentando, e o mercado para a qualidade grossa (coarse count) está em declínio. Setenta e cinco por cento do comércio mundial está agora nas categorias médias e resistentes do algodão herbáceo, totalizando 7 milhões de toneladas. O mercado mais remunerador do algodão herbáceo que vem crescendo com rapidez é o das categorias mais resistentes e tipos mais finos de algodão, os quais são utilizados para a produção de fio penteado a partir da fiação por anéis para tecidos e malhas.
Outros produtos derivados do algodoeiro
Além da fibra, o algodoeiro fornece as sementes que podem gerar uma variedade de produtos. A semente do algodão tem um valor cada vez maior e várias aplicações. É uma boa fonte de proteínas e óleo, podendo fornecer alimento humano ou animal e ainda biodiesel.
A semente do algodão se destaca como uma alternativa na dieta de ruminantes, com um impacto positivo na produtividade e na qualidade de produtos para ração animal. O seu consumo é recomendado por nutricionistas, uma vez que apresenta altos teores de calorias, proteínas e fibras. Por isso, é considerado um alimento “completo”, ao combinar proteínas e calorias.
O óleo de semente de algodão refinado é utilizado para consumo humano, isto é, para cozinhar, na produção de margarina, etc. O não-refinado é utilizado na produção de sabonetes, ração, ácidos graxos e outras aplicações industriais.
A torta de semente de algodão é um subproduto da extração do óleo, útil para a alimentação animal. São produzidos dois tipos de torta: torta com alto teor energético (5% de óleo), a partir de trituração mecânica, e com baixo teor de proteínas; e a torta com baixo teor energético (menos de 2% de óleo), proveniente de trituração com substâncias químicas e com alto teor proteico. A torta de semente de algodão fornece proteínas e pode substituir a semente de algodão ou o farelo, especialmente nas dietas de ruminantes.
As cascas da semente de algodão constituem a camada externa da semente do algodão. É um produto com alto teor de fibras, mas com baixo teor de proteínas e calorias, o que as torna interessantes como uma massa alimentar alternativa.
O farelo de algodão é um resíduo da produção de óleo de semente de algodão. O processo de extrusão fornece ao farelo de algodão uma melhor digestibilidade comparada à torta de semente de algodão de alto valor energético e às sementes frescas. É uma boa fonte de proteínas, substituindo o farelo de soja, além de ser um excelente produto para animais de confinamento e como suplemento proteico para animais de pastagem. Promove o aumento da lactação e o ganho de peso, além de estar disponível o ano todo.
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