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outubro 23, 2024

Qual a importância do sistema de plantio direto para a sustentabilidade da agricultura brasileira?

De: Yara Brasil

O Plantio Direto é uma técnica que transforma a agricultura brasileira, promovendo sustentabilidade, conservação do solo e aumento da produtividade. Saiba como a Yara apoia essa abordagem, por meio de soluções inovadoras para uma produção de alimentos mais responsável.


milho
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A prática do plantio direto há 52 anos, tem transformado a maneira como as lavouras são cultivadas, unindo a preservação do solo à maior eficiência produtiva e à sustentabilidade. Com técnicas essenciais, como o mínimo revolvimento do solo e a rotação de culturas, o plantio direto se consolida como um dos pilares da agricultura moderna, garantindo não apenas melhores colheitas, mas também a conservação dos recursos naturais. Utilizando sua experiência e inovação, a Yara apoia o desenvolvimento dessa prática, promovendo soluções que auxiliam os agricultores na adoção dessas técnicas sustentáveis, que favorecem o futuro do planeta e a segurança alimentar. Entenda como e porque isso é importante.

Antes de tudo, é vital entendermos o que é o plantio direto. Inicialmente, a técnica foca em um manejo agrícola que dispensa o uso de arados e grades para o preparo do solo, mantendo a palhada das culturas anteriores sobre a superfície. Essa cobertura vegetal atua como uma proteção para o solo, evitando a erosão e a perda de nutrientes. Ao invés de revolver o solo antes de cada plantio, os agricultores introduzem as sementes diretamente na terra, através de máquinas especializadas, sem a necessidade de mexer nas camadas mais profundas. Hoje, o plantio direto evoluiu, por meio dos avanços na pesquisa agronômica. Atualmente, além do não revolvimento do solo, a manutenção permanente de cobertura do solo e a rotação e diversificação de culturas, incluindo culturas de cobertura são algumas das diretrizes desse manejo.

A principal vantagem do plantio direto é a conservação do solo. Ao manter a cobertura orgânica e evitar o revolvimento, a estrutura do solo permanece intacta, preservando sua fertilidade e capacidade de retenção de água. Isso é especialmente importante em regiões onde a erosão e o esgotamento de nutrientes representam sérios desafios para a agricultura.

 

Quais os benefícios do plantio direto para a agricultura?

O sistema de plantio direto oferece importantes vantagens para os agricultores e para o meio ambiente, o que torna o sistema produtivo mais resiliente, sendo um importantíssimo pilar para a agricultura conservacionista:

Conservação do solo: A cobertura permanente do solo previne a erosão, uma das principais causas de perda de terras agrícolas. A palhada protege o solo da ação das chuvas e dos ventos, preservando sua integridade.

Maior retenção de água: A matéria orgânica presente na superfície age como uma esponja, melhorando a infiltração e a retenção de água no solo. Isso diminui a necessidade de irrigação e melhora a resistência das lavouras em períodos de seca.

Mitigação de Gases de Efeito Estufa e Sequestro de Carbono: Quando revolvemos o solo ocorre uma aceleração da atividade microbiana que decompõe a matéria orgânica emitindo mais CO2. Dessa forma, o não revolvimento do solo leva à redução do CO2 emitido para atmosfera, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. Indo além, um solo equilibrado em nutrientes favorece o crescimento das plantas, deixando um maior volume de restos culturais (palhas e raízes) contribuindo para o sequestro de CO₂.

Aumento da Fertilidade do Solo: A rotação de culturas e o uso de adubos verdes no sistema de plantio direto ajudam a enriquecer o solo com nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio, ao intensificar a ciclagem de nutrientes e aumentar a eficiência dos mesmos, aumentando sua capacidade de sustentar culturas por mais tempo e com melhor produtividade, gerando plantas mais saudáveis e vigorosas. Além disso, também melhora outros atributos químicos e também os físicos e biológicos.

Diminuição dos desmatamentos e melhora da biodiversidade: A abordagem permite ao produtor rural produzir mais alimentos na mesma área. Isso evita a necessidade de expandir as áreas cultiváveis, evitando desmatamentos. Além disso, a variedade de cultivos, a saúde do solo e a preservação das matas colabora de forma decisiva para promover a biodiversidade em diversas regiões.

Tudo isso mostra a importância dessa abordagem para fortalecer o agronegócio e manter as altas produtividades. De acordo com a Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (FEBRAPDP), cerca de 33 milhões de hectares no Brasil já utilizam o sistema de plantio direto. Esse número vem crescendo e demonstra a relevância da prática para o país, que se destaca como um dos maiores produtores agrícolas do mundo.

Segundo estimativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a adoção de sistemas de plantio direto em todo o território nacional poderia resultar em uma economia de até 20 bilhões de reais por ano em custos relacionados à conservação do solo e à reposição de nutrientes.

 

Qual o papel da rotação de culturas no plantio direto?

Embora o plantio direto seja crucial para a sustentabilidade agrícola, seu sucesso está diretamente ligado a outra técnica essencial: a rotação de culturas. A rotação consiste na alternância de diferentes espécies vegetais em uma mesma área ao longo do tempo, ao invés de cultivar repetidamente uma única cultura. Essa prática traz uma série de benefícios agronômicos e ambientais.

Primeiramente, a rotação de culturas melhora significativamente as características físicas, químicas e biológicas do solo. Ao alternar plantas com diferentes sistemas radiculares e exigências nutricionais, o agricultor promove uma melhor estruturação do solo, aumentando a resistência à compactação. O alto aporte de resíduos culturais de algumas plantas como gramíneas, especialmente as espécies C4, incrementa a matéria orgânica do solo, tornando-o mais fértil e saudável. Espécies como leguminosas, por exemplo, têm a capacidade de fixar nitrogênio da atmosfera no solo, enriquecendo-o naturalmente a um baixíssimo custo. Culturas diferentes possuem exigências nutricionais distintas e liberam diferentes compostos no solo. Ao alternar entre culturas de grãos, leguminosas e pastagens, por exemplo, o solo tem a chance de se regenerar e se manter fértil por mais tempo.

Essa prática é também uma aliada no controle de pragas, doenças e plantas daninhas. Ao não permitir que a mesma cultura ocupe o solo continuamente, a rotação rompe o ciclo de vida de muitos organismos nocivos, o que reduz a necessidade de defensivos e aumenta a eficiência no controle biológico. A alternância de culturas também favorece o uso de diferentes modos de ação dos defensivos, prevenindo a resistência de pragas e patógenos. Com a repetição constante de uma mesma cultura há uma chance maior do surgimento de pragas e doenças específicas para aquela planta. Ao variar as espécies cultivadas, essa pressão é aliviada, reduzindo a aplicação destes insumos.

A rotação de culturas ainda representa um impacto positivo na rentabilidade, já que permite que o agricultor diversifique sua produção, explorando diferentes mercados e reduzindo a dependência de uma única safra. Isso torna a propriedade rural mais produtiva e economicamente saudável, preparada para enfrentar os desafios do campo. Há uma importante redução do uso de insumos, um manejo otimizado e economia de tempo e recursos, sem deixar de lado a sustentabilidade.

Estudos demonstram que a rotação de culturas pode aumentar a produtividade das lavouras em até 25%, além de melhorar a saúde do solo e aumentar a eficiência agronômica e econômica dos fertilizantes e defensivos. Dados da Embrapa mostram que áreas que combinam plantio direto com rotação de culturas apresentam maior resistência a eventos climáticos extremos, como secas e enxurradas. Isso é especialmente importante em um cenário de mudanças climáticas, onde a agricultura mundial busca formas de produzir mais alimentos, com menor impacto ambiental, sendo capaz de alimentar uma população mundial em crescimento.

Por fim, do ponto de vista econômico, a rotação de culturas permite uma produção diversificada, reduzindo o risco de perdas em anos de condições climáticas desfavoráveis ou de crises em mercados específicos. Ela também favorece a produtividade a longo prazo, mantendo o solo produtivo por mais tempo e garantindo uma colheita estável e saudável.

 

Como a Yara apoia a adoção do plantio direto?

Como líder global em nutrição de plantas e sempre alinhada com práticas agrícolas sustentáveis, a Yara tem desenvolvido soluções que auxiliam os agricultores a implementar e aprimorar as práticas de plantio direto e rotação de culturas. Por meio de seus fertilizantes de alta eficiência e baixa pegada de carbono e de suas ferramentas digitais, a empresa contribui diretamente para a sustentabilidade e a produtividade das lavouras.

A Yara investe em pesquisa científica para entregar adubos cada vez mais eficientes para diversos cultivos e que atendem diferentes demandas dos agricultores, favorecendo um manejo eficiente. Esses fertilizantes utilizam diferentes fontes de nitrogênio, reduzindo as perdas por volatilização deste nutriente durante a aplicação. Além disso, as plantas de produção dos fertilizantes Yara utilizam tecnologia que reduz a emissão de carbono durante a fabricação de fertilizantes nitrogenados. Além de produzir mais grãos, fibras e produtos animais (carne e leite), as soluções da Yara contribuem também com uma maior produção de palha e de raízes que os fertilizantes convencionais, o que, cumulativamente, acelera o processo de melhoria da saúde do solo.

Ferramentas digitais, como o AtFarm, desenvolvido pela Yara, permitem o monitoramento preciso do desenvolvimento das lavouras e a recomendação de doses ideais de fertilizantes. Isso ajuda os agricultores a tomar decisões mais assertivas sobre o manejo das culturas, garantindo uma melhor distribuição de nutrientes e evitando o desperdício de insumos. Já o Sistema de Recomendação de Nutrição de Plantas, oferece protocolos personalizados de adubação, de acordo com o tipo de cultivo e a região, baseado em análise de solo.

A Yara também está comprometida com a promoção da agricultura regenerativa, um conceito que engloba diversas práticas como o plantio direto, a rotação de culturas e o uso de tecnologias de baixo impacto ambiental. O objetivo é garantir que a produção agrícola seja sustentável a longo prazo, preservando os recursos naturais e reduzindo o impacto ambiental.

Indo além de fornecer insumos e tecnologia capazes de melhorar a produtividade e a sustentabilidade, a Yara investe na capacitação dos agricultores. A empresa apoia iniciativas de educação e pesquisa sobre boas práticas agrícolas, incluindo o manejo correto do solo, o uso eficiente da água e a adoção de sistemas de plantio direto e rotação de culturas. Essas ações visam aumentar a adesão dos agricultores a essas técnicas e fomentar uma agricultura mais sustentável em todo o Brasil.

A Yara sabe que o plantio direto representa o futuro da agricultura sustentável no Brasil. Com a crescente demanda por alimentos e a necessidade de preservar os recursos naturais, essas práticas se tornam ainda mais importantes. Com seu portfólio completo de soluções inovadoras, a Yara está na vanguarda desse movimento, contribuindo para a disseminação e consolidação do plantio direto no país, oferecendo aos agricultores a oportunidade de aumentar a produtividade de forma sustentável, preservando o meio ambiente e garantindo a segurança alimentar para as gerações futuras.

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