Fertilizantes de baixo carbono: Sustentabilidade e inovação para a agricultura do futuro

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A agricultura está no centro do debate sobre a sustentabilidade global. Diante do crescimento populacional, da demanda por alimentos e das mudanças climáticas, descarbonizar o setor agrícola tornou-se uma necessidade imperativa. A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, está na vanguarda dessa transformação, desenvolvendo fertilizantes de baixa pegada de carbono e tecnologias que visam reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em toda a cadeia de alimentos. Este artigo explora a importância da descarbonização na agricultura, as iniciativas inovadoras da Yara e como essas ações estão cultivando um futuro alimentar positivo para a natureza.

Descarbonizar a produção de alimentos é uma demanda urgente que começa pelo campo. A agricultura responde por cerca de 20% das emissões globais de GEE, sendo que a produção e o uso de fertilizantes minerais correspondem por aproximadamente 11% desse total. Esses números destacam o impacto significativo do setor nas mudanças climáticas e reforçam a necessidade de implementar práticas mais sustentáveis para mitigar seus efeitos.

De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), reduzir as emissões de GEE da agricultura é essencial para limitar o aquecimento global a 1,5°C. Caso contrário, continuaremos enfrentando as consequências das mudanças climáticas, cujos efeitos já estão em curso. Nesse contexto, os fertilizantes nitrogenados possuem um papel central: ao mesmo tempo que são indispensáveis para aumentar a produtividade agrícola e garantir a segurança alimentar de uma população em crescimento, seu processo de fabricação pode gerar emissões elevadas de GEE, como, por exemplo, dióxido de carbono (CO₂) e óxido nitroso (N₂O).

O óxido nitroso possui um potencial de aquecimento global quase 300 vezes maior do que o dióxido de carbono, o que significa maior capacidade de reter calor na atmosfera quando comparado ao CO₂. Esse elevado potencial se deve ao seu longo período de permanência na atmosfera (aproximadamente 114 anos), bem como a sua característica de absorver grandes quantidades de radiação infravermelha.

Subproduto da produção de nitratos e outros fertilizantes nitrogenados, a emissão de óxido nitroso se tornou um dos maiores desafios da indústria, o que levou a Yara a empenhar seu conhecimento científico de quase 120 anos de história na busca por soluções agrícolas cada vez mais sustentáveis. Com o apoio da inovação, esse cenário já está mudando.

Iniciativas da Yara para descarbonizar a agricultura

A Yara investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento para reduzir a pegada de carbono dos seus fertilizantes. A companhia mantém parcerias com mais de 50 instituições, conduzindo cerca de 150 pesquisas, na busca por produtos mais eficientes e capazes de reduzir os impactos ambientais da produção de alimentos. A Yara está bem posicionada para descarbonizar a produção de fertilizantes e apoiar agricultores e empresas de alimentos na redução de pegada de carbono. Isso também está alinhado com a estratégia e ambição da companhia de cultivar um futuro alimentar positivo para a natureza.

A Yara está comprometida em contribuir para a redução de suas emissões diretas e indiretas, entregados impactos positivos para toda a cadeia de valor dos alimentos. A empresa tem como meta global reduzir em 30% as emissões de escopo 1 e 2 e em 11,1% as emissões de escopo 3 no campo, até 2030. Esse é o caminho para se tornar neutra em carbono em 2050.

Um dos resultados desse intenso processo de inovação está presente há quase 20 anos nas plantas da Yara na Europa e chegou recentemente ao Brasil. Especificamente no Complexo Industrial de Cubatão, uma das principais operações da companhia no país. A Yara desenvolveu catalisadores que reduzem em >90% as emissões do óxido nitroso provenientes da produção do ácido nítrico, matéria-prima essencial para produzir os fertilizantes à base de nitrato. Além disso, a empresa implementa processos de alta eficiência energética em suas fábricas, reduzindo significativamente o consumo de energia e as emissões associadas. Os catalisadores quebram as moléculas N₂O, em nitrogênio e oxigênio, tornando-os inofensivos para a atmosfera.

Esse avanço reafirma o compromisso da Yara em alcançar a neutralidade em carbono. Desde 2005, a companhia já reduziu em 45% suas emissões dos escopos 1 e 2, por meio de processos mais eficientes, incluindo o uso dos catalisadores em suas plantas de produção de nitratos e a adoção de práticas de maior eficiência energética.

Novo portfólio de fertilizantes Yara Climate Choice^TM

Um marco recente no compromisso da Yara com a sustentabilidade foi o lançamento do portfólio de fertilizantes Yara Climate Choice^TM. Os fertilizantes Yara Climate Choice^TM mantêm a qualidade confiável e reconhecida da nutrição de culturas Yara, mas são produzidos com novas tecnologias que reduzem ainda mais sua pegada de carbono. Assim, cada elo da cadeia de valor alimentar pode escolher os fertilizantes adequados às suas necessidades, enquanto contribui para a redução do impacto climático geral.

Este portfólio integra os fertilizantes de baixo carbono que já são produzidos pela Yara com a produção da amônia derivada do gás natural com a captura e armazenamento de carbono (CCS). A produção da amônia verde é derivada da eletrólise da água ou matriz renovável. Essa combinação resulta em um portfólio de fertilizantes lower carbon.

Yara Climate ChoiceTM apresenta uma redução de até 90% em sua pegada de carbono quando comparado a fertilizantes nitrogenados de matriz fóssil. Quando integrados ao comprovado suporte agronômico e aos serviços digitais da Yara, os fertilizantes do portfólio oferecem um caminho para otimizar a produtividade ao mesmo tempo que ajudam a reduzir os efeitos negativos sobre o clima.

Neste sentido, em novembro de 2024, a Yara entregou o primeiro lote de fertilizantes Yara Climate Choice^TM a clientes da Cooxupé, uma das principais cooperativas de café do mundo, com sede em Guaxupé (MG). Os fertilizantes foram importados da planta de Porsgrunn, na Noruega e todo o processo foi realizado de forma sustentável. O lote recebido foi transportado do porto até Alfenas (MG) em caminhões de gás natural (GNV), onde foi embalado em big bags produzidas a partir de plástico reciclável, outra iniciativa pioneira da Yara para reduzir a emissão de GEE do processo de armazenagem e transporte dos produtos.

Essa primeira entrega representa um marco importante para a descarbonização da cafeicultura no Brasil, com um impacto esperado de até 40% de redução da pegada de carbono na produção do grão de café. Esse diferencial pode impulsionar a competitividade do Brasil em mercados internacionais, onde há uma crescente demanda por produtos agrícolas de baixo impacto ambiental.

No Brasil, a Yara se tornou a primeira empresa a produzir amônia renovável em escala industrial, utilizando biometano como matéria-prima. O biometano é um biogás purificado, derivado de resíduos agroindustriais, como por exemplo, da vinhaça, principal subproduto da produção de etanol de cana-de-açúcar. Essa fonte de energia renovável é uma alternativa sustentável ao gás natural fóssil, tradicionalmente utilizado na fabricação de fertilizantes.

A produção de amônia renovável no Complexo Industrial de Cubatão é um importante passo em direção ao compromisso da Yara em liderar a transição energética na agricultura. O uso de biometano não apenas reduz as emissões de GEE advindas da queima do combustível fóssil, mas também promove a economia circular ao aproveitar resíduos agrícolas que, de outra forma, seriam descartados. Projetos desse tipo não apenas reduzem emissões, mas também posicionam o Brasil como líder global em sustentabilidade agrícola e destacam o papel do país como protagonista na produção de energia renovável.

Como um dos mercados mais estratégicos para a marca, o Brasil foi um dos primeiros países a receber fertilizantes do novo portfólio Yara Climate Choice^TM. Em linha com a ambição da companhia e dentro do objetivo de contribuir para a descarbonização da cadeia de alimentos mundial, a Yara é a primeira empresa a oferecer no mercado brasileiro um fertilizante nitrogenado produzido a partir de matriz renovável, com uma redução de até 90% em sua pegada de carbono quando comparado ao mesmo fertilizante produzido a partir de gás natural de origem fóssil.

Tecnologia para a sustentabilidade

Para otimizar o uso de seus fertilizantes com baixa pegada de carbono, a Yara desenvolve ferramentas digitais que ajudam agricultores a aperfeiçoar suas operações e reduzir o impacto ambiental, implementando com sucesso o manejo 4Cs, que prioriza o fertilizante certo, na dose certa, no local certo e na hora certa. Isso minimiza desperdícios e traz efeitos positivos para o meio ambiente.

Ferramentas como o AtFarm e o Sistema de Recomendação de Nutrição de Plantas permitem que agricultores monitorem em tempo real as necessidades nutricionais de suas lavouras e desenvolvam protocolos personalizados de adubação. Isso garante o uso eficiente de fertilizantes, evitando desperdícios e reduzindo emissões associadas ao uso excessivo de insumos.

A Yara também trabalha em colaboração com parceiros estratégicos para ampliar o impacto positivo de suas ações em toda a cadeia de alimentos, como a recente parceria com a IllyCaffè, na cafeicultura, que visa não apenas reduzir a pegada de carbono, mas também melhorar a qualidade do café brasileiro no mercado global, utilizando preceitos da agricultura regenerativa.

Ao adotar tecnologias inovadoras, investir em energias renováveis e colaborar com parceiros estratégicos, a Yara reafirma seu compromisso de cultivar um futuro alimentar positivo para a natureza. A transformação da agricultura é um desafio coletivo, e a Yara está pronta para liderar essa jornada rumo a um mundo mais sustentável.

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