Dia Mundial do Agrônomo: Como os profissionais da Yara apoiam a segurança alimentar e a sustentabilidade?
A Yara aproveita a data para discutir a importância da profissão e traz a visão de dois especialistas agronômicos de seu time, que falam sobre inovação, futuro, sustentabilidade e produtividade no cenário brasileiro.
Experimente ouvir o nosso conteúdo:
O Dia Mundial do Agrônomo, celebrado em 13 de setembro, é uma oportunidade para reconhecer e homenagear as pessoas que atuam como peças-chave nas engrenagens que movem a agricultura, influenciando diretamente a qualidade de vida das pessoas e a saúde do planeta.
No Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o estudo e aperfeiçoamento da agronomia é crucial para o sucesso do país. Os agrônomos trabalham para melhorar a eficiência das lavouras, utilizando práticas que aumentam a produção sem comprometer a qualidade. Eles também estão na linha de frente no combate a pragas e doenças que podem comprometer as safras, garantindo que os alimentos cheguem à mesa dos consumidores.
Esses profissionais ainda estão envolvidos no desenvolvimento de novas variedades de plantas e na aplicação de tecnologias que aumentam a resistência das culturas às condições climáticas adversas. Isso é especialmente importante em um cenário de mudanças climáticas, onde a variabilidade do clima pode afetar drasticamente a produção de alimentos.
Por tudo isso, neste dia mundial do agrônomo, a Yara conversa com dois especialistas agronômicos que colaboram no desenvolvimento, difusão e aplicação das soluções agrícolas criadas pela companhia. Bruno Dittrich e Diego Guterres falam sobre o papel do profissional no mercado, sustentabilidade, o uso de fertilizantes para a produtividade e o futuro da agronomia. Confira!
Qual é a importância do agrônomo no contexto atual da agricultura brasileira, especialmente em um país com tamanha diversidade agrícola como o Brasil?
Bruno Dittrich (BD) - É uma importância gigantesca. A agronomia é uma área muito ampla, com diversas oportunidades de atuação. Existe desde aquele que cuida da produção agrícola, focado na fertilidade do solo, como aquele que trabalha com melhoramento genético, irrigação, gestão ambiental, mecanização rural, gestão e planejamento de propriedades, enfim, uma infinidade de perfis de atuação que apoiam o enorme poder do agronegócio brasileiro. Atualmente, o agrônomo está mais especializado do que nunca, buscando oferecer conhecimento técnico qualificado para responder aos diversos desafios do campo. Sem ele, o Brasil não poderia explorar o máximo da sua capacidade agrícola.
Diego Guterres (DG) - O engenheiro agrônomo tem uma formação ampla. Ele estuda solo, plantas, animais, atmosfera, além de disciplinas como física, química, biologia, matemática, economia e gestão. São muitos tipos de conhecimento combinados para fazer funcionar um setor vital para a economia do país e para a prosperidade das pessoas. Costumo dizer que o agrônomo é o profissional que trabalha em uma fábrica a céu aberto, da qual depende toda a produtividade que vem do solo e que alimenta o país e o mundo. Ele é o profissional capaz de ler uma diversidade de fatores, como clima, saúde do solo, relevo, tipo de cultivo e casar isso tudo com as necessidades do mercado e dos agricultores, por meio de um bom e ajustado planejamento produtivo. Tudo isso focando na economia de recursos e na sustentabilidade.
Quais são os principais desafios enfrentados pelos agrônomos hoje em dia, tanto no campo quanto na indústria de fertilizantes?
BD - Acho que o maior deles é saber filtrar todo o conhecimento adquirido e combiná-lo de modo eficiente para oferecer respostas aos agricultores e ao mercado como um todo. São muitos fatores que precisam estar em equilíbrio e o bom agrônomo precisa saber interpretar essas necessidades, para uma resposta rápida e eficiente. Por fim, ele precisa ser capaz de transformar a tecnologia e o conhecimento em algo verdadeiramente aplicável na realidade do campo e que seja viável para o produtor rural, trazendo resultados sólidos de prosperidade, sempre com o mínimo de impacto ambiental.
DG - Acho que o maior desafio é usar o conhecimento para ser mais eficiente no uso dos nutrientes do começo ao fim do ciclo das culturas. Claro que equilibrando isso tudo com novas tecnologias, ferramentas de gestão, manejo adequado, uso de boas práticas agrícolas e decisões capazes de melhorar a qualidade da colheita. O agrônomo precisa saber usar bem o solo, de modo inteligente, e combinar isso com a produção de alimentos para que isso se torne um ciclo de prosperidade, que ajuda as pessoas, o mercado, o agricultor e o planeta.
Qual é o papel específico de um agrônomo que trabalha em uma empresa de fertilizantes como a Yara? Como esse papel contribui para a sustentabilidade e a eficiência na agricultura?
BD - Essa é uma excelente pergunta, pois o fertilizante constrói a base de todos os resultados na agricultura. Uma adubação eficiente, guiada pelo manejo 4Cs (fertilizante certo, na dose certa, no local certo e na hora certa) vai mudar drasticamente o resultado final de uma safra. Fazer esse manejo com o suporte técnico de um bom profissional, capaz de olhar para todos os fatores já citados e estabelecer um bom protocolo de adubação vai entregar ao agricultor resultados excelentes, superando o investimento em insumos e tecnologia, o que resulta em prosperidade para esse agricultor. Na Yara, nós estamos focados em criar soluções agrícolas de alta tecnologia, mais eficientes e que atendam as demandas de diversas culturas, oferecendo o melhor em nutrição vegetal para o mercado, de modo a manter o Brasil como um expoente do agronegócio mundial.
DG - Quando o produtor rural é capaz de produzir mais, na mesma área cultivada, isso significa que foi feito um manejo adequado de adubação daquela área. Isso tem um impacto enorme em toda a cadeia de alimentos, uma vez que passamos a produzir mais alimentos com os mesmos recursos. Isso também é bom para a sustentabilidade, aumenta a segurança alimentar e é bom para o bolso do produtor. E tudo isso é resultado do trabalho do agrônomo que atua na indústria de fertilizantes, já que ele é a ponte que leva o conhecimento técnico para o campo e vice-versa. Ele vai interpretar os dados e necessidades do campo e auxiliar no desenvolvimento de novas tecnologias e insumos capazes de melhorar o desempenho da lavoura. Ele vai interpretar todo o conhecimento técnico e científico para tornar viável a aplicação no campo, tornando o agronegócio não só mais sustentável do ponto de vista ambiental, mas também do ponto de vista social e financeiro.
Pode compartilhar algum exemplo de projeto ou iniciativa em que você trabalhou que demonstra o impacto positivo do agrônomo na agricultura brasileira?
BD - Com certeza, ter auxiliado na entrada do YaraMila COMPLEX no Brasil. A gente realizou uma série de estudos, checou a viabilidade do produto para diversas culturas e regiões do país e montou toda uma estratégia para levar o conhecimento e os benefícios desse produto para o campo. Realizamos um extenso trabalho de posicionamento comercial, focado em entregar vantagens em produtividade para a realidade do agronegócio brasileiro. Hoje, sinto um imenso orgulho de ver como esse fertilizante segue impactando positivamente a rentabilidade dos agricultores.
DG - Desde que entrei na Yara sempre estive envolvido com a soja. Ter trabalhado na expansão da linha de fertilizantes YaraBasa para gerar impacto real na produtividade da cultura foi muito empolgante. Isso sem contar todo o trabalho de estudo, aperfeiçoamento e desenvolvimento do SuperSoja, o programa nutricional da Yara focado em soja, que combina diversas soluções da companhia para entregar resultados excelentes no campo. Levando em conta o tempo que tenho de Yara e fazendo um cálculo aproximado, creio que estamos gerando um adicional de lucro acumulado de, pelo menos, R$750 milhões, considerando o valor da soja a R$126,00/sc, com a aplicação de YaraBasa em soja no Brasil . É muito orgulho para um agrônomo poder imaginar isso.
Como você vê o futuro da agronomia? Quais tendências tecnológicas ou práticas estão moldando a profissão?
BD - A agricultura brasileira já está bastante avançada. O agricultor está buscando novas tecnologias e está se capacitando cada dia mais para alcançar produtividade, rentabilidade e qualidade do produto final. Creio que a tendência é usar conhecimento técnico de forma mais completa, unindo as especificidades de diversos profissionais. Como cada agrônomo estará mais especializado, creio que a ideia é juntar esses conhecimentos para focar em um produto final melhor e um planejamento produtivo mais eficaz. Os agricultores que não buscarem olhar para essas novas tecnologias e usarem o conhecimento ao seu favor, infelizmente, tendem a ficar para trás, frente aos outros. Creio que isso trará uma melhoria geral para o agronegócio nacional, com uma concorrência saudável que deve melhorar o nível geral do mercado, melhorando, inclusive, a sustentabilidade do negócio.
DG - Visualizo um futuro com cada vez mais apoio de ferramentas digitais, muito aparelhamento tecnológico e busca por maior qualificação. Sensores, IoT no campo, novos maquinários, uso de apps, tudo isso deve apoiar o agricultor para melhorar produtividade. No entanto, paralelamente, acredito que haverá uma tendência de uma mão de obra mais qualificada, mais preparada para lidar com essas novas tecnologias, capaz de configurar esses maquinários, integrar tecnologias e tirar o melhor que eles podem oferecer para o campo.
Quais habilidades e conhecimentos você considera essenciais para os agrônomos que estão entrando no mercado de trabalho hoje, especialmente em uma empresa focada em inovação como a Yara?
BD - O mais importante é saber lidar com uma infinidade de informações, filtrar todas elas e transformar todo esse conhecimento em insights acionáveis. Tudo isso sem nunca perder o olhar para as necessidades do agricultor e do mercado. O bom agrônomo precisa estar aberto ao aprendizado, saber fazer bom uso dos recursos disponíveis e ter uma didática adequada para fazer seu conhecimento chegar ao campo. Tudo isso, atento às mudanças climáticas, à sustentabilidade do planeta e sem abrir mão de produtividade.
DG - O agrônomo deve ter um propósito claro de ajudar as pessoas e o planeta. É importante que ele tenha uma boa formação de base, que esteja interessado em aprender com a experiência, visitando o campo e ouvindo a realidade do produtor rural nas diferentes regiões do país. O profissional de destaque é aquele que sabe falar com todos os públicos e todas as gerações, já que o perfil do agronegócio tem avançado demais nos últimos anos. Estar pronto para adaptar-se ao novo e nunca esquecer que sua tarefa é atender o mercado, as pessoas e ser um guardião da natureza.
A Yara agradece a parceria com todos esses profissionais, que compartilham conhecimento agronômico para nos apoiar em nossa tarefa de cultivar um futuro alimentar positivo para a natureza. Eles trabalham incansavelmente para garantir que possamos continuar a alimentar o mundo de forma segura, eficiente e sustentável e, mais do que nunca, seu papel é essencial para o futuro da agricultura e para a construção de um mundo mais resiliente e sustentável.
Terminamos esse texto com o juramento do curso de Engenharia Agronômica que norteia esses importantes profissionais no cotidiano da função.
“Prometo, no exercício da minha profissão de engenheiro agrônomo, consciente da responsabilidade que me é confiada, dar a nossa terra mais do que ciência e técnica, algo vindo do coração, sabendo respeitar sua riqueza e tendo a sensibilidade de suprir suas necessidades, procurando, sempre, com fé, honra e ética profissional, a plena execução de meus deveres, seguindo os ditames de minha consciência, honrando o legado de meus pais e mestres, em perfeita harmonia entre os homens e a natureza, buscando uma agricultura socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável.”