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October 15, 2023

A mulher no agronegócio: como a força feminina está mudando o campo?

De: Yara Brasil

Considerado um dos principais motores a economia brasileira, o agronegócio tem hoje, na participação feminina, uma importante parcela de agentes de mudanças, em busca de alcançar excelência e produtividade máxima.


Produtora de café
Produtora de café

No dia 15 de Outubro se comemora o Dia Internacional da Mulher Rural. A data é uma oportunidade para lembrar as vitais contribuições das mulheres na lavoura e como sua participação vem impactando positivamente nesse mercado. Considerado um dos principais motores a economia brasileira, o agronegócio tem hoje, na participação feminina, uma importante parcela de agentes de mudanças, em busca de alcançar excelência e produtividade máxima. Para ilustrar esse movimento, a Yara traz o exemplo de uma profissional que venceu barreiras e conquistou seu espaço no campo, ajudando a moldar a nova “cara” do setor.

 

Filha de uma nutricionista que gerenciava uma cozinha industrial e um massoterapeuta esportivo, Maiara Tedesco formou-se em Engenharia Agrônoma há mais de 10 anos. Natural do Rio Grande do Sul, decidiu seguir a profissão inspirada por um vizinho, que era formado na área. “Eu achava incrível como ele era capaz de olhar para uma planta e dizer exatamente qual o nutriente de que ela precisava para voltar a crescer e ficar saudável. Era como um médico de plantas” - conta.

 

Em uma sala de aula majoritariamente masculina, a jovem universitária sabia que precisava mostrar o seu valor, já que enfrentava um duplo desafio. Além de ser mulher, ao contrário da maior parte de sua turma na faculdade de Caxias do Sul, ela não era filha de produtores rurais e não possuía intimidade com a terra. Isso fazia com que ela precisasse estudar mais e dar o melhor de si para provar que era capaz. Por isso, ela optou por estagiar desde o início da graduação, o que lhe deu um grande conhecimento e diferencial competitivo no mercado. “Nunca senti preconceito direto dos meus colegas e professores, mas eu sabia que precisava ir além se quisesse me destacar e ganhar relevância nesse mercado. O jeito foi estudar muito e apostar no aprendizado”- conta.

 

O resultado do esforço de Maiara lhe rendeu um estágio em uma multinacional, onde trabalhou com soja, milho e defensivos agrícolas. Ali, ela conseguiu colocar em prática toda a teoria que havia absorvido nos anos de estudo, mas ainda assim parecia que não era suficiente. Como a única mulher do time, por vezes, ela se sentiu desmotivada e desacreditada. “Por vezes, senti que não me levavam à sério por ser mulher, mas também por ser muito mais jovem que a maioria dos colegas. Em muitos momentos eu tive que ver o agricultor consultando um homem ao telefone para verificar se minhas orientações estavam corretas. Isso era desgastante, pois eu tinha que me reafirmar o tempo todo”.

 

Poucos anos depois, a engenheira foi desligada “O modo como tudo ocorreu, sem um feedback, foi um balde de água fria, e hoje eu entendo que foi pelo perfil do gestor, que na época não apoiou o meu desenvolvimento com uma crítica construtiva para que eu pudesse pensar no futuro, o que me levou a questionar, inclusive, se eu havia escolhido a profissão errada”, explica. Ela conta que esse foi um dos piores momentos de sua carreira, pois se sentia muito cobrada e ansiosa. Além disso, o modo como ocorreu o desligamento, com o líder chamando sua atenção na frente de outros colegas durante uma visita de campo, foi bastante desagradável. “Ali eu percebi que o caminho da mudança é diário. Como mulher nunca podemos permitir que nos subestimem e nem podemos nos deixar abalar”.

 

Maiara seguiu e seu caminho logo se cruzaria com o da Yara. Ainda jovem, cheia de sonhos e vontade de fazer as coisas de um jeito diferente, ela começou como Analista Técnica Comercial na líder mundial em fertilizantes. Movida pela curiosidade e pela ambição, ela encontrou na Yara o ambiente propício para desenvolver suas habilidades e liberar seu potencial. Participando de equipes plurais e motivadas e buscando especializar-se cada vez mais, seu crescimento profissional foi sólido e constante, criando uma carreira de sucesso.

 

Hoje, Maiara é Especialista Sênior em Desenvolvimento de Mercado e é responsável por uma das maiores cooperativas do país, a Coopercitrus, com atuação nos Estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais. A conquista é resultado de dedicação, trabalho e de um ambiente colaborativo e de confiança. “Tive um grande gestor assim que entrei na Yara. Ele me incentivou a me desafiar e ir mais longe. A motivação foi essencial para que eu quisesse continuar conquistando meu espaço. Isso influenciou de maneira decisiva a forma como eu lido com minhas tarefas e minha equipe hoje”. Segundo ela, a segurança e a cooperação entre as pessoas foram os grandes impulsionadores do seu crescimento. “Assim como eu, a Yara acredita demais no potencial humano e sabe que isso faz o sucesso de uma corporação”.

 

Atuando diretamente com oportunidades, posicionamento de produto e desenvolvimento de mercado, a engenheira agrônoma se considera realizada como profissional e percebe importantes mudanças no setor. “Basta olhar para o número de mulheres nas faculdades de Agronomia, bem como a quantidade delas no campo. Se antes, a maioria ficava restrita a atividades de docência ou pesquisa, hoje elas estão em todos os lugares, conquistando cada vez mais espaço”.

 

Em partes, isso ocorre por conta da tecnologia e da discussão de temas importantes, como o machismo estrutural e o feminismo. Durante muito tempo o universo de agrárias foi dominado pelos homens, mas hoje eles estão aprendendo a conviver com a força feminina. Isso, inclusive, se estende para a gestão de propriedades rurais. Diariamente, por todo o país, vemos muitas mulheres assumindo o comando da lavoura. “Diferente do passado, as filhas dos produtores vão para a faculdade se especializar, se tornam grandes empreendedoras e gerenciam os negócios da família, dando conta do recado” - afirma Tedesco.

A responsabilidade por parte dessa mudança está em iniciativas como o projeto “ Women in Agronomy”. Lançado como parte da agenda de Diversidade e Inclusão da Yara, o programa conecta talentos femininos emergentes com colegas mais experientes, com o objetivo de atrair, desenvolver e reter mais mulheres na agronomia. Além disso, o grupo é um espaço seguro onde mulheres podem compartilhar suas questões cotidianas, o que ajuda a coibir possíveis excessos de outros colaboradores e favorece um ambiente de trabalho mais saudável e inclusivo

Segundo a engenheira, as políticas de apoio aos profissionais da Yara são decisivas para apoiar a diversidade nos times, o que ajuda a manter equipes mais criativas e inovadoras. “Com certeza, a possibilidade de feedbacks honestos, de falar e ser ouvida e de poder trocar ideias com diferentes perfis enriquece demais as diferenças, colaborando para a equidade”.

Os resultados são sentidos no cotidiano. Coisas simples, como a inclusão de banheiros químicos adequados para mulheres nos trabalhos e eventos de campo, por exemplo, que fazem toda a diferença.

Para Maiara, atualmente os agricultores já absorvem a atuação das mulheres no mercado. “A camisa que levamos no peito é muito respeitada. Quando chegamos no campo, os produtores estão prontos para ouvir e enxergam na gente a mesma capacidade que os homens. Sem gracinhas e com muita parceria”. Inclusive, muitos deles já pedem para que o atendimento seja realizado por profissionais femininas, o que não ocorria há alguns anos.

Com grandes profissionais femininas no mercado e atuando em pesquisa, Maiara hoje se sente representada dentro do agronegócio. Apesar de acreditar que há um longo caminho de conquistas, ela está satisfeita com a evolução dos últimos dez anos e aposta no aumento do número de mulheres no mercado nos próximos dez anos. “Quero continuar exercendo minha formação, ampliando minhas qualidades como líder, motivando pessoas e as impulsionando diariamente a dar o seu melhor”.

Mãe de uma menina de 2 anos, ao ser perguntada sobre qual seria sua opinião se a filha optasse pela profissão de agrônoma no futuro, Maiara responde sem titubear: “Quero que minha filha seja livre. Livre para fazer as escolhas dela e saber responder ao mundo sem violência, mas com inteligência, sem aceitar qualquer tipo de abuso.”

É pela filha da Maiara e por todas as outras mulheres que a Yara segue trabalhando para oferecer oportunidades para todos, abraçando o poder e a força femininas no cultivo de um futuro positivo para as pessoas e para o planeta.

Agradecemos à Maiara e a todas vocês pela parceria.

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