Cultivo do arroz: saiba mais sobre sua importância e como o Brasil busca aumentar a produtividade do grão
O arroz é um dos alimentos mais consumidos em todo o mundo, desempenhando um papel fundamental na segurança alimentar e na economia de muitos países.
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O arroz é um dos alimentos mais consumidos em todo o mundo, desempenhando um papel fundamental na segurança alimentar e na economia de muitos países. Presente no prato de grande parte dos brasileiros, esse grão rico em vitaminas, minerais e aminoácidos vem se destacando como um cultivo promissor no agronegócio nacional com uma cadeia de valor em ascenção. Neste texto vamos explorar os impactos culturais, econômicos e nutricionais do arroz, assim como explorar algumas técnicas de manejo e fertilização que o colocam como uma cultura de destaque entre os produtores rurais que buscam lucratividade em um mercado em constante crescimento.
Primeiramente, vale salientar que o Brasil, sozinho, consome cerca de 10 milhões de toneladas do grão anualmente, segundo dados do IBGE. Isso coloca a produção nacional no limite, uma vez que o Brasil produz cerca de 11 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul é o maior estado produtor, com média de 7 milhões de toneladas, seguido pelo estado de Santa Catarina. Tocantins e Maranhão também contribuem para o cultivo do grão. A área estimada de plantio no país é de 1,5 milhão de hectares.
Isso acaba gerando uma alta demanda interna, o que pode levar o Brasil a ter que importar parte dos grãos consumidos por aqui. A produção de arroz está distribuída por todo o globo. De acordo com dados da Food and Agriculture Organization (FAO) da ONU, os maiores produtores de arroz são China, Índia e Indonésia. Juntos, esses países são responsáveis por uma parcela significativa da produção do grão, atendendo grande parte do mercado mundial.
Vale lembrar que o arroz vai além da alimentação humana, já que a rebrota após a colheita serve para alimentação do gado, o farelo se transforma em óleo comestível e as cascas servem como combustível para fornos, fornalhas e caldeiras, pois seu poder calorífico é 30% superior ao da madeira. Isso, sem citar outras aplicações, como nas indústrias de saúde e beleza, por exemplo.
A alta demanda torna a cultura uma opção interessante para o agricultor, já que possui alta lucratividade. Ao mesmo tempo, muitos produtores intercalam a orizicultura com a soja, o que lhes possibilita garantir a rentabilidade da lavoura, permitindo que eles decidam o melhor momento para negociar o grão. Com isso, o arroz costuma atingir valores elevados no mercado, tornando seu cultivo vantajoso, mesmo com todo o manejo necessário.
Mas afinal, por que não se produz mais arroz no Brasil?
Desafios no cultivo de arroz
Apesar de bastante significativa, a produção do grão enfrenta alguns desafios que podem explicar por que o país não alcança safras mais elevadas. O Brasil é um país com uma enorme extensão de terras cultiváveis e tem uma produção agrícola muito diversificada. Isso significa que os agricultores têm a flexibilidade para escolher entre diferentes culturas, como soja, milho, cana-de-açúcar, café, entre outras. Essa diversificação é uma estratégia para reduzir riscos associados a pragas, doenças e condições climáticas adversas, garantindo assim a rentabilidade do produtor, assim como traz flexibilidade de produtos a vender, reduzindo os riscos do próprio negócio.
A crescente demanda por culturas como soja e milho, que são amplamente utilizadas para ração animal e exportação, tem incentivado os agricultores a se concentrar em cultivos que oferecem retornos financeiros mais atrativos em comparação com o arroz.
A orizicultura ainda é altamente sensível às condições climáticas e às características do solo, além de especializada e intensiva. A produção é mais eficaz em áreas de terras alagadas, como as regiões Sul e alguns trechos do Centro-Oeste, que também podem ser usadas para outros tipos de culturas. Além disso, o cultivo de arroz de alta produtividade requer investimentos em tecnologia e infraestrutura, como sistemas de irrigação e nivelamento do solo e alta disponibilidade de água. Método adotado em cerca de 80% das plantações de arroz brasileiras, a irrigação por inundação proporciona uma produtividade cerca de três vezes maior do que o sistema sequeiro.
A competição internacional e as flutuações nos preços globais do arroz podem influenciar a decisão dos agricultores brasileiros sobre o que cultivar, assim como políticas governamentais, subsídios e programas de incentivo à produção agrícola podem influenciar a escolha dos agricultores em relação ao cultivo do arroz.
Apesar desses desafios, o Brasil ainda é um importante produtor e exportador de arroz e, com o investimento em pesquisa, tecnologia agrícola e o desenvolvimento de variedades mais resistentes e produtivas, o país tem o potencial de aumentar sua produção no futuro.
Na intenção de driblar alguns desses desafios, os produtores rurais estão investindo em tecnologia e fertilização inteligente para uma produção verticalizada. A ideia é conseguir produzir mais na mesma área, adotando práticas mais sustentáveis e eficazes para um incremento de produtividade.
O solo deve ser bem preparado, garantindo que esteja nivelado e livre de ervas daninhas. O cultivo em solos alagados requer sistemas de irrigação eficientes. A seleção da variedade de arroz a ser cultivada é crucial. Nesse sentido, o Brasil já dispõe de variedades que se adaptam a diferentes condições climáticas e de solo, com alta reposta ao ambiente e à adubação.
Alcançando alta produtividade
A nutrição vegetal adequada entra como fator determinante de sucesso. A Yara possui o Programa Nutricional MaisArroz, que combina linhas de fertilizantes, conhecimento agronômico e ferramentas digitais que podem entregar excelentes resultados no cultivo de arroz. O YaraVita ZINTRAC é um produto usado no tratamento de sementes para estimular um rápido enraizamento das plantas e arranque vigoroso, o que garante um desenvolvimento uniforme para que elas estejam prontas para absorver o máximo de nutrientes.
Aplicado na adubação de semeadura, o YaraBasa oferece diferentes formulações, o que permite aos agricultores personalizar sua abordagem de fertilização com base nas necessidades específicas da lavoura. Os produtos da linha disponíveis para arroz podem conter entre 7 ou 8 nutrientes, todos no mesmo grânulo. É uma linha de fertilizantes multinutrientes de alta diferenciação e qualidade física, que combina nitrogênio amoniacal, fósforo de alta eficiência e potássio em fórmulas NPK.
As formulações contêm alta concentração de Cálcio e Enxofre disponíveis, além dos micronutrientes Zinco, Boro e Manganês. Contando com a tecnologia YaraVita PROCOTE, esse fertilizante para adubação de base pode ser aplicado tanto em ambiente seco quanto no sistema pré-germinado. O resultado são plantas com melhor desenvolvimento, mais resistentes ao estresse climático e com melhor estrutura para tolerar pragas e doenças, garantindo o arranque eficiente da cultura quando aplicado no momento certo.
O YaraVera é uma linha de fertilizantes nitrogenados desenvolvidos especialmente para a cultura do arroz irrigado. Sua fórmula exclusiva com nitrogênio amídico e amoniacal e enxofre na forma de sulfato perfeitamente equilibrados de acordo com a demanda da cultura, minimiza a perda de nutrientes e garante rendimentos consistentemente elevados, com o mínimo impacto ambiental. A formulação do YaraVera reduz a liberação de amônia por volatilização, reduzindo a perda para o meio ambiente.
Por fim, o programa MaisArroz, além do YaraVita ZINTRAC, contempla os produtos YaraVita BIOTRAC, YaraVita GRÃOS, YaraVita BORTRAC e YaraVita FOLICARE, para serem aplicados via foliar ao longo do ciclo da cultura, cada um posicionado com uma finalidade específica para complementação nutricional e estímulos fisiológicos que levem a maiores produtividades.
Seguindo o protocolo indicado de fertilização Yara, os resultados são uma lavoura mais uniforme e plantas mais saudáveis, com maior enchimento e qualidade dos grãos. Estudos de campo conduzidos pela Yara em lavouras demonstrativas apontam um incremento na produtividade média de 12,9 sacas de arroz por hectare.
Vale lembrar que a cultura é suscetível a várias pragas e doenças, portanto o uso de práticas de manejo integrado, o uso de variedades resistentes e controle químico e biológico são essenciais para proteger a cultura. Para as variedades de arroz de irrigação, o controle da água é fundamental. É vital optar por terrenos planos e épocas adequadas, com temperatura média de 21 °C e boa exposição solar, além de cuidar das condições de irrigação e drenagem.
Seja pela importância econômica que a produção e exportação de arroz representam ou pelas tradições culturais que ele sustenta, o arroz continua a ser um alimento essencial e um pilar da sociedade em muitas nações.
Garantir a sustentabilidade da cultura do arroz é fundamental para assegurar a segurança alimentar global e proteger as riquezas culturais que a envolvem. Com a implementação de práticas agrícolas sustentáveis, manejo adequado e soluções de nutrição vegetal completas podemos garantir que o grão continue a desempenhar seu papel vital na economia e se torne uma cultura rentável, lucrativa e produtiva para o agricultor brasileiro.
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