Características
outubro 24, 2022

Colheita de milho — 5 Boas práticas

De: Equipe Agronômica

Para ter uma boa colheita de milho é preciso seguir algumas boas práticas, como a regulagem correta da colhedora. Saiba mais no artigo!


 Colheita de Milho: Boas Práticas
Colheita de Milho: Boas Práticas

Experimente ouvir o nosso conteúdo:

A colheita de milho é um momento extremamente importante para o produtor rural. Se algumas boas práticas não forem seguidas, todo o rendimento da lavoura e a sua lucratividade podem ser comprometidos.

Continue a leitura do artigo para ver recomendações que irão ajudar a atingir a maior produtividade com as suas plantações!

1. Faça o planejamento da colheita de milho

O planejamento da colheita do milho é a chave para conseguir um bom rendimento — produtivo e financeiro. Afinal, uma boa organização ajuda a prevenir problemas e pode fazer com que você consiga um preço melhor ao negociar os grãos.

E isso começa antes mesmo da semeadura. Por exemplo, é preciso dividir a terra em talhões para facilitar a passagem das máquinas e o escoamento da produção. Além disso, é preciso considerar o tamanho da área plantada, o ciclo do milho, a janela de colheita, as condições climáticas, os maquinários disponíveis, bem como a mão de obra.

Tudo isso irá permitir que você tenha maior controle dos processos de produção e, assim, alcance bons resultados. A finalidade de uso final do cultivo impactará no ponto de colheita (grãos para indústria de alimentos, ração para animais, espigas para milho-verde, espigas para sementes, silagem de planta inteira, silagem de grão úmido)

Acompanhar de perto os valores das sacas na sua região dá uma vantagem na hora de decidir o destino do produto. Procure entender se haverá quebra da safra e, caso haja muita oferta no mercado, prefira secar e armazenar os grãos para serem vendidos em um momento de alta nos preços. Apenas considere no seu planejamento que a armazenagem gera custos!

2. Colha o milho na época certa

O tempo de colheita do milho para grãos deve considerar o processo de maturação fisiológica dos grãos, de modo que eles precisam conter o máximo de matéria seca possível. Neste momento, é possível observar uma pequena mancha preta na região de inserção no sabugo em metade das sementes das espigas.

Geralmente, isso ocorre entre 120 a 180 dias após o plantio, mas esse número pode mudar de acordo com o tipo de milho que você escolheu. Além disso, as folhas costumam apresentar uma coloração amarelada, mas novamente: essa característica não é muito precisa e pode variar em cada híbrido, ou de acordo com o estado nutricional da cultura e de suprimento de água.

Falando sobre a umidade ideal dos grãos, é preciso considerar o destino deles. No caso do milho verde, por exemplo, a colheita é precoce, normalmente aos 90 dias. Neste estágio ele tem menos matéria seca e apresenta um aspecto leitoso. A umidade está entre 70% e 80%.

Por outro lado, o milho para produção de grãos deve ter o máximo de matéria seca, como comentamos anteriormente. A umidade dos grãos deve estar entre 16% e 18%. Realizar a colheita com umidade maior que essa pode representar em maiores custos de secagem, ao passo que, mais seco que isso, implica no risco de quebra das sementes, caso as máquinas não estejam reguladas corretamente. 

3. Escolha o melhor tipo de colheita

A colheita de milho pode ser mecanizada ou manual. A escolha entre esses dois métodos vai depender da realidade da sua lavoura. O processo manual é mais indicado para plantações menores, mas pode implicar em uma produtividade abaixo da esperada.

O processo mecanizado é o mais indicado, pois acelera a colheita, realizando-a em um período de tempo adequado, demandando menos mão-de-obra. Contudo, é preciso realizar a regulagem correta das máquinas para reduzir as perdas. 

4. Evite perdas na colheita de milho

Um número aceitável de perda em colheita de milho é cerca de 1,5 sacos/ha, mas é importante tentar reduzir esse número o máximo possível. Para isso, é preciso entender como essas perdas acontecem a fim de tomar providências:

  • perda pré-colheita: relacionada à quebra do colmo ou ao tombamento da planta. Desbalanços nutricionais como excesso de nitrogênio e deficiência de potássio podem aumentar a chance dessas perdas ocorrerem, além de pragas de solo e de colmo;
  • perda de plataforma: relacionada à debulha e queda dos grãos durante o processo de corte e sucção das plantas pela plataforma de corte. O ajuste entre o espaçamento entre-linhas da cultura e espaçamento das linhas de corte (bocas) da plataforma, velocidade da colhedora e altura de inserção da espiga são importantes motivos dessas perdas;
  • perda de trilha:  ocorrem por regulagem deficiente do cilindro e côncavo no processo de debulha ou trilha. A velocidade da colhedora, o espaçamento entre o cilindro e o côncavo, a velocidade do cilindro e a umidade dos grãos podem influenciar nessas perdas;

5. Faça a secagem e o armazenamento do milho corretamente

A secagem do milho é essencial para conseguir vender grãos com boa qualidade. Esse processo reduz a umidade, desacelerando a deterioração, o que possibilita que o armazenamento seja feito por um período de tempo maior.

A secagem pode ser feita natural ou artificialmente e o tempo gasto depende da umidade do grão. O ideal é não deixar que os milhos sequem no campo porque a incidência de plantas daninhas pode embuchar as colhedoras. Outro risco, é a perda de janela de colheita por excesso de chuvas. Já o armazenamento pode ser a granel, em silos ou em sacaria. 

Seguindo essas boas práticas para realizar a colheita de milho, tudo indica que as suas lavouras terão um ótimo rendimento. Porém, se as plantas não estiverem recebendo o programa nutricional adequado, essas recomendações não valerão de nada. 

Quer continuar aprendendo sobre esse assunto? Então confira o artigo sobre o benefício dos fertilizantes nitrogenados e descubra como potencializar a produtividade das suas lavouras! 

Confira nosso portfólio completo de fertilizantes

Siga a Yara nas redes sociais para saber das novidades