Plantio Direto: Benefícios dessa estratégia
O plantio direto é uma técnica em que não ocorre o revolvimento do solo, mas esse não é o único pilar para aplicá-la. Saiba mais no artigo!
Experimente ouvir o nosso conteúdo:
O sistema de plantio direto (SPD) é bastante utilizado nas lavouras brasileiras. De acordo com dados do Febrapdp, aproximadamente 35 milhões de hectares já adotaram essas técnicas, o que corresponde a 90% das áreas produtivas do país.
Essa forma de manejo do solo traz vários benefícios para a produtividade das colheitas, além de ser um modelo mais sustentável. A sua prática iniciou nos anos 70 como uma alternativa promissora no combate à erosão.
Quer aprender mais sobre essa técnica que pode maximizar os resultados do seu negócio? Continue a leitura para entender:
- o que é o sistema de plantio direto?
- benefícios do sistema de plantio direto.
- diferenças entre o sistema de plantio direto e o plantio convencional.
O que é o sistema de plantio direto?
O sistema plantio direto engloba uma série de técnicas de cultivos que podem ser aplicadas sem revolver o solo — ou revolver minimamente. Isso implica em não arar ou realizar a gradagem.
Para isso, é preciso utilizar uma semeadora específica para esse tipo de manejo. Com esse equipamento, as sementes são depositadas em sulcos ou covas com largura e profundidade adequadas para cada tipo de cultura, a qual possui um mecanismo para cortar a palhada existente na superfície do solo.
A semeadura ocorre sobre cobertura do solo com palhada ou resíduos vegetais . Com isso, as características biológicas, químicas e físicas do solo são mantidas. Além do não revolvimento e da manutenção da cobertura do solo em conjunto com um alto aporte de resíduo pelas culturas, existe ainda um terceiro pilar: a rotação de culturas.
Sem essa última técnica, não é possível aproveitar todo o potencial positivo do sistema de plantio direto.
Benefícios do sistema de plantio direto
A manutenção da cobertura do solo com palhada aumenta a fertilidade do solo já que ocorre o incremento de matéria orgânica. Outras vantagens dessa técnica são:
- quebra do ciclo de insetos por causa da rotação de culturas;
- poupa tempo que seria gasto em operações de preparo do solo;
- reduz a erosão já que a manutenção da cobertura do solo reduz o impacto direto da chuva;
- diminui a incidência de plantas daninhas;
- promove processos aleloquímicos — liberação de substâncias do tecido vegetal — o que favorece os ciclos biológicos do solo e auxilia no controle de doenças.
Estudo publicado na revista científica Neotropical Entomology mostrou que o plantio direto favorece que fungos entomopatogênicos — que causam doenças em insetos — ocorram naturalmente nesses sistemas.
Isso mostra que essas técnicas podem também reduzir os custos com defensivos agrícolas, já que as lavouras se beneficiam do controle biológico de pragas.
Todas essas vantagens garantem a sustentabilidade, não só do meio ambiente, mas também do seu negócio.
Além disso, o solo é um grande regulador do ciclo do carbono (C). É interessante para a produtividade das lavouras que ele sequestre esse elemento da atmosfera, em vez de ser uma fonte. O plantio direto consegue promover esse objetivo. Nesse sistema, é possível sequestrar 40% de C a mais.
Esse modelo também contribui bastante para a mineralização de nitrogênio no solo, o que favorece a ocorrência de fungos micorrízicos que estabelecem relações simbióticas com as plantas.
Diferenças entre o sistema de plantio direto e o plantio convencional
Você já conhece os três pilares do plantio direto e as suas vantagens. Agora é importante entender o que muda, na prática, entre ele e o sistema convencional.
Plantio convencional
Nesse modelo são utilizados equipamentos como a gradeniveladora e o arado para o revolvimento do solo. O estabelecimento desse tipo de sistema produtivo se dá em quatro etapas:
- 1ª etapa: realiza-se a descompactação e o revolvimento do solo. Isso é importante para promover, a melhor aeração do solo e remover impedimentos físicos ao crescimento radicular, assim como retirar plantas daninhas, além de facilitar a incorporação em profundidade de corretivos, como calcário e fertilizantes para correção do teor de fósforo do solo. Isso é feito com arados, escarificadores ou grades pesadas;
- 2ª etapa: com grades leves, é feito o destorroamento e nivelamento da parte arada;
- 3ª etapa: momento de realizar adubação e a semeadura;
- 4ª etapa: continuidade no manejo de tratamento da lavoura.
Plantio direto
No plantio direto, o preparo do solo pode ser realizado apenas na implantação do sistema, por isso não se faz mais o preparo nos plantios subsequentes. Esse sistema é estabelecido em cinco etapas:
- 1ª etapa: retirada das camadas compactadas do solo (se houverem), aplicação de calcário no solo e fosfatagem com posterior incorporação;
- 2ª etapa: nivelamento do solo para deixá-lo homogêneo;
- 3ª etapa: realização da adubação;
- 4ªetapa: manejo com herbicidas para realizar o controle de plantas daninhas e cobertura do solo;
- 5ª etapa: plantio com as semeadoras-adubadoras que abrem o sulco sobre a palhada e realizam a adubação e semeadura.
Para ser ainda mais produtivo, o manejo dos sistemas de plantio direto devem ser pautados por meio de amostragens do solo e outras técnicas de análise. Quer continuar aprendendo sobre o assunto? Então confira também o artigo sobre agricultura de precisão e descubra como aumentar a eficiência das suas lavouras!
Continue lendo no nosso blog
Confira nosso portfólio completo de fertilizantes
Confira também nossos webinars exclusivos